Empresários de Dedé cobram R$ 330 milhões de indenização por rescisão contratual

Além dos problemas dentro de campo, como a 18ª colocação na Série B, a corrida pela fuga do rebaixamento e a troca repentina de técnico da equipe de futebol, que foi assumida nesta quinta-feira (05) por Vanderlei Luxemburdo após pedido de demissão de Mozart, o Cruzeiro enfrenta também os problemas financeiros, com a união de falta de verbas e as dívidas.

Não bastasse o montante que o clube já deve, os mineiros agora sofrem com uma pedida exorbitante dos empresários do zagueiro Dedé, que estava no clube desde 2013 e teve seu contrato rescindido unilateralmente pelo clube recentemente. Seus representantes alegam que estava previsto em contrato que em caso de rescisão, a multa de indenização seria de R$ 330 milhões. A informação é do 'GE'.

O documento é datado da última quarta (04), e os empresários exigem que o pagamento seja recebido dentro de cinco dias. Caso contrário, o caso irá parar na justiça, onde a Raposa pode se complicar ainda mais. Veja parte dessa cláusula contratual:

"Caso o CRUZEIRO rescinda de forma antecipada o Contrato Desportivo firmado com o ATLETA, ou qualquer outro que venha a substituí-lo, sem a anuência da DIS, de MARCUS, da GT e de SALTON, exceto se por justa causa; ou ainda caso o ATLETA, obtenha judicialmente a rescisão indireta de seu contrato especial de trabalho desportivo, com a consequente perda dos Direitos Federativos pelo CRUZEIRO, ocasião na qual a DIS, MARCUS, GT e SALTON perderão os Direitos Econômicos de sua titularidade, o CRUZEIRO, ficará obrigado a pagar às referidas Partes uma indenização no valor correspondente à maior cláusula indenizatória desportiva (cláusula penal) pactuada no Contrato Desportivo, calculada de forma proporcional aos percentuais dos Direitos Econômicos de titularidade de cada uma das referidas Partes."

O pagamento no prazo estipulado pelos empresário, no entanto, dificilmente será cumprido e o destino do caso será mesmo a justiça. O zagueiro tem seus direitos ligados ao Grupo D.I.S e da GT Sports, que consideram a cláusula indenizatória como a maior da história do futebol brasileiro.