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Futebol Brasileiro

Fã de Kaká, 600 gols no futsal e ‘prejuízo’ para o pai: a história de Vinicius Zanocelo, joia da Ponte Preta

Artilheiro da Macaca na Copinha em 2019, meia ganhou espaço no profissional e vestiu pela primeira vez a camisa da seleção brasileira

Joia da Ponte Preta, Vinicius Zanocelo fez mais de 600 gols no futsal
Joia da Ponte Preta, Vinicius Zanocelo fez mais de 600 gols no futsal (Foto: Álvaro da Silva Júnior)

Por Monique Danello

Como todo menino, Vinicius Zanocelo também queria ser jogador de futebol. As brincadeiras com a bola e as peladas com os amigos o levaram até as quadras de futsal. Natural de São Paulo, o meia começou na modalidade com seis anos e até os dez jogou na Portuguesa. Quando o pai foi transferido para o Pará, Vinicius passou a vestir a camisa do Remo. Com 92 gols em uma única temporada, se tornou o maior artilheiro da história do estado.

Com quatro gols, Vinicius também foi o goleador do Ponte Preta na Copa São Paulo do ano passado, mas essa fama é antiga. Além do recorde alcançado no Pará, o meia marcou mais de 600 gols oficiais enquanto esteve nas quadras. No futsal, ainda vestiu a camisa do Corinthians e a transição para o futebol de campo acabou acontecendo de forma natural.

“Sempre foi um sonho jogar futebol de campo, mas o futsal dá uma base para o jogador que é muito importante na carreira. Grandes jogadores que fizeram e fazem muito sucesso começaram no futsal. O esporte te proporciona desenvolver alguns fundamentos e velocidade de raciocínio que se mostram muito importantes no desenvolvimento da carreira”, contou Vinicius.

Os pais sempre foram os principais incentivadores da carreira do meia, mas também já tomaram muito ‘prejuízo’. Nelson, pai de Vinicius, pagava R$10 para cada gol marcado por ele, quando era mais novo. O faro de artilheiro acabou com a promessa.

“Minha família sempre esteve ao meu lado na corrida por esse sonho. Quando era pequeno, meu pai costumava me dar R$10 para cada gol que eu fizesse. Até que teve um jogo em que fiz 12 gols, e ele viu que acabaria no prejuízo e parou de me dar o dinheiro”, brincou Vinicius.

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Na Ponte Preta, Vinicius ganhou projeção no futebol de campo. Chegou no clube para atuar na base e ano passado, com 18 anos, já estreava no profissional. Com o bom desempenho com a camisa da Macaca, veio também a primeira convocação para a seleção brasileira sub-20. O meia foi chamado por Andre Jardine para a disputa de um torneio triangular em dezembro, na Granja Comary. Confirmando a fama de goleador, marcou também com a amarelinha. Fez o gol da vitória do Brasil diante da Colômbia e guarda essa convocação com carinho.

“Sem dúvida nenhuma, foi o momento mais marcante para mim até agora. Todo jogador sonha em um dia representar seu país, vestir a camisa da seleção brasileira, e quando vi meu nome na lista de convocados foi uma emoção indescritível. A gente demora um pouco para acreditar, fica sem reação, mas quando me apresentei me senti muito bem e feliz. Foi uma experiência única e que pretendo ter muitas outras vezes. Sempre acompanhei a seleção pela TV, vendo os jogos, e o sonho de estar lá, representando o meu país numa Copa do Mundo, é muito forte. Acho que o ápice na carreira de qualquer jogador de futebol é ganhar uma Copa pela sua seleção. Sei que é um caminho muito longo a ser percorrido, mas é um sonho que tenho na minha vida”, contou o jogador.

Firmino, Arthur, Coutinho e Paquetá são algumas das inspirações dessa geração para Vinicius Zanocelo. Apesar de ter apenas 19 anos, ele se espelha em um ídolo que já deixou os gramados. Quando Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo, o meia tinha apenas seis anos.

“Sempre fui muito fã do Kaká. Ele sempre foi minha inspiração no futebol e ver ele jogando era muito prazeroso. Tudo que ele conquistou, sendo o último brasileiro eleito como melhor do mundo, mostra o quão diferente ele foi dentro de campo”, analisou Vinicius.

Hoje em dia, é um outro craque do São Paulo que serve de exemplo para o meia. Vinicius Zanocelo entrou nos minutos finais da derrota da Ponte Preta por 2x1 para o Tricolor. Tempo suficiente para não esquecer da primeira vez que enfrentou Daniel Alves.

“Acho que todo jogo é especial, mas com certeza jogar contra alguns jogadores que a gente só via pela televisão é algo diferente. Daniel Alves, por exemplo, é um cara multicampeão, respeitado no mundo tudo, e ter a oportunidade de atuar contra um atleta desse é motivante para qualquer um. O que penso é em fazer o meu melhor e desfrutar desses momentos para evoluir na carreira”, contou o meia.

Como todo jovem, Vinicius Zanocelo também sonha com o futebol europeu. O meia tem contrato com a Ponte Preta até o fim de 2021 e multa rescisória de 3 milhões de euros. Nessa temporada, esteve em campo em nove jogos, mas ainda não marcou gols. O meia lida bem com o assédio e ainda quer retribuir a oportunidade que ganhou na Macaca.

“A Ponte é um clube que vai ficar marcado para sempre no meu coração, por ter me dado a oportunidade de um desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional. Foi aqui que me destaquei na base, que tive a primeira chance como atleta profissional e é um clube pelo qual sempre torcerei. Fico feliz com meu rendimento até agora, mas o mais importante é a equipe conseguir os resultados em campo. Acho que o assédio é normal, sabemos que hoje em dia os atletas jovens são muito visados, mas tento manter a tranquilidade e o foco em apenas fazer o meu trabalho e mostrar um bom futebol. Caso um dia apareça alguma proposta, meus empresários, junto com a Ponte, podem decidir o que é melhor para todo mundo”, finalizou Vinicius.

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