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Futebol Brasileiro

Administração do Maracanã será multada em R$ 14 mil pela presença de convidados na final do Carioca

Final do Carioca reuniu convidados na arquibancada que não respeitaram protocolo de saúde e não foram testados

Centenas de convidados estiveram presentes nas arquibancadas do Maracanã I Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Centenas de convidados estiveram presentes nas arquibancadas do Maracanã I Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Por Aline Nastari e Monique Danello

Os torcedores sonham com o momento de voltar ao estádio, mas a situação da pandemia no Brasil com quase 435 mil mortos no país sendo quase 48 mil no estado do Rio de Janeiro ainda não permite a liberação. No sábado (15), na primeira final do Campeonato Carioca alguns torcedores convidados tiveram a oportunidade de matar a saudade do Maracanã, mas a partida terminou em confusão. Nos vídeos que viralizaram nas redes sociais foi possível ver pessoas sem máscaras, sem o distanciamento necessário e que não foram testadas, já que o protocolo Jogo Seguro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro não exige exame de COVID para as áreas 2 e 3 do Maracanã, onde ficam as comissões e ficaram os convidados.

Como a presença de público em estádios e ginásios esportivos, ainda que não pagante, está proibida pelo Decreto 48425/21, a secretaria de saúde aplicará uma multa de R$14.060,72 à administração do Maracanã pela infração sanitária que foi classificada como gravíssima.

Cada clube teve direito de levar 150 torcedores, número além do operacional do estádio (FERJ ainda não divulgou ata da partida, mas nos jogos até aqui esse número gira em torno de 130 pessoas) e das delegações, que pode conter 55 cada uma. A lista de convidados poderia chegar a 300 pessoas, mas oficialmente esse número é de 148 (114 do Flamengo, 10 do Fluminense, 20 da Secretaria de Esportes e 4 patrocinadores). A Federação considerou ser esse um número razoável e como o público presente não tinha natureza comercial, não consultou a prefeitura.

“Quando se trata do interesse da CBF e da CONMEBOL, nada é obstáculo para se colocar 5.000 pessoas no estádio, de qualquer jeito, sem protocolo e sem qualquer cuidado que não seja a mímica do ilusionismo conveniente. Quando a ciência sucumbe à política ou a outros interesses, pouco se pode fazer. Aguardem o início do Campeonato Brasileiro e poderão ver que tudo passará a valer e ser possível” – Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro.

A referência do presidente Rubens Lopes é a final da Libertadores da América que aconteceu no Maracanã em 30 de janeiro deste ano, quando 5000 pessoas foram liberadas, número que incluía jogadores, árbitros, técnicos, assistentes e dirigentes dos clubes finalistas. Porém as câmeras mostraram várias delas sem máscara durante o jogo e desrespeitando o protocolo de distanciamento.

Apesar da diferença evidente do número de pessoas entre as finais do Carioca e da competição continental, outros pontos precisam ser destacados: na partida organizada pela CONMEBOL todos precisavam apresentar testes negativos em até 96 horas antes do confronto e o governo do Estado do Rio de Janeiro emitiu um decreto autorizando a presença de pessoas na final da competição, desde que cumprissem estritamente os protocolos de saúde, o que não aconteceu. Pela negligência, a CONMEBOL foi multada em R$ 14 mil pela Vigilância Sanitária.

Antes da partida o Flamengo, com apoio da FERJ, solicitou a liberação de torcedores no estádio para as finais do estadual, pedido que foi negado pela Secretaria Municipal de saúde que divulgou em nota na noite de sexta-feira afirmando que faltavam “elementos mais detalhados acerca de protocolos sanitários específicos” e que a decisão considerava também a situação epidemiológica do município. Já o Fluminense, se posicionou, em nota, contra a presença de público no estádio.

Sem a liberação oficial, a Federação liberou a cota de 150 convidados para cada equipe presente na final do Carioca, o Fluminense foi notificado por e-mail no fim do expediente da véspera da partida. A mensagem dizia que a FERJ autorizava a inclusão de convidados em lista adicional, estes deveriam ser credenciados e identificados pelos clubes que também deveriam providenciar acomodação e praticar normatização de saúde do protocolo Jogo Seguro.

O Flamengo afirma ter usado parte da sua cota de 150 convidados autorizados pela Federação, 114 pessoas de acordo com a listagem do Maracanã. O tricolor carioca só tomou ciência da liberação perto da hora do jogo quando noticiado pela imprensa e na sequência constatou a mensagem recebida na noite anterior. Dessa forma, o clube afirmou que não levou convidados ao jogo, apenas os de 35 a 40 funcionários e dirigentes que já costumam ir em todas as partidas. Questionado sobre os 10 da lista extra, esclareceu que só colocou funcionários nela.

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