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Futebol Brasileiro

Herói inesperado ou lance 'espírita'? Palmeiras historicamente conta com o 'improvável' para conquista a Copa do Brasil

Autor de gol do título sob contrato de experiência, goleiro batendo o pênalti decisivo e 'gol espírita' são as marcas das três conquistas do Verdão na história da competição

Palmeiras tem três conquistas da Copa do Brasil
Palmeiras tem três conquistas da Copa do Brasil

Por Dudu Alves e Rodrigo Fragoso

O Palmeiras enfrenta o Grêmio neste domingo (07), às 18h (de Brasília), para definir quem será o grande campeão da Copa do Brasil de 2020. O Verdão chega ao jogo com a vantagem de ter vencido o duelo de ida na busca pelo quarto título de sua história na competição. E se o título ficar mesmo com o clube, a tendência é de que poucas pessoas acertem, antes do jogo, quem será o grande nome ou como se dará a conquista. O torcedor palmeirense está acostumado com o improvável quando se trata de vencer a Copa do Brasil.

Em 1998, o gol do título foi anotado por Oseás aos 47 minutos do 2º tempo e não seria tão improvável se não ganhasse o apelido de "gol espírita", já que Oséas, além de praticamente não ter ângulo para acertar o chute da linha de fundo, ainda finalizou com o goleiro Paulo César e o zagueiro Wilson Gottardo em cima da bola. Em 2012, o desconhecido atacante Betinho foi o responsável pelo gol do bicampeonato em seu quarto jogo com a camisa do Palmeiras. E em 2015, ninguém imaginaria que o goleiro Fernando Prass poderia ser aquele que tiraria o derradeiro grito de gol do torcedor palmeirense. De pênalti, então, nem se fala. No entanto, um torcedor privilegiado poderia cogitar essa possibilidade.

Presidente do Palmeiras entre 2013 e 2016, Paulo Nobre 'profetizou' o gol do título de Fernando Prass, conforme revelou o próprio goleiro em entrevista exclusiva.

Betinho chegou ao Palmeiras precisando provar que poderia jogar com a camisa do clube. O contrato do jogador era de somente três meses, ou seja, um contrato de experiência. "O Betinho nos pediu um voto de confiança e nós decidimos apostar", disse na época o então gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio. "Esta é a chance da minha vida e vou me esforçar muito para conseguir continuar no clube", declarou Betinho ao assinar o contrato.

Getty Images
Betinho foi o 'herói improvável' de 2012

Betinho havia marcado somente um gol em toda a temporada de 2011 pelo Vila Nova. Começou a temporada de 2012 no São Caetano, fazendo oito jogos e marcando apenas um gol. Contratado pelo Palmeiras para o período de experiência, ele havia disputado somente dois jogos com a camisa do clube quando descobriu que Hernán Barcos, centroavante titular, havia sofrido uma crise de apendicite e estava fora das finais da Copa do Brasil.

"Na quarta eu desci pro almoço com o João Vitor e recebi a notícia de que o Barcos tinha de fazer uma cirurgia ás pressas. O Felipão, que sempre foi muito paizão, me falou: "Chegou sua vez, momento que você sempre esperava. Se não der certo, a culpa é minha, não é sua. Se der certo, a glória é nossa", lembra Betinho em entrevista exclusiva com a TNT Sports.

No fim das contas, a glória do Palmeiras naquela Copa do Brasil se deu por culpa da cabeça de Betinho, que balançou as redes do goleiro Vanderlei para empatar a segunda partida por 1 a 1, depois da vitória em casa por 2 a 0. "Teve muita chuva naquele dia, eles fizeram o 1 a 0, mas a nossa equipe manteve a calma e tive a felicidade de fazer o gol no cruzamento do Marcos Assunção aos 20 minutos do segundo, então a gente viu que já estava encaminhando o título e fomos administrando o tempo".

Gol de título vale mais do que qualquer período de experiência. Betinho ampliou seu contrato até o final do ano, disputando 18 jogos ao todo com a camisa do Palmeiras, porém marcando somente mais um gol, contra o Bahia, na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Improvável herói que vai ficar marcado na história do Palmeiras para sempre, ainda que só tenha celebrado duas vezes o balançar das redes com a camisa do clube.

Reprodução
Oséas marcou o gol do título do Palmeiras em 1998

Em março de 1998, o atacante Oséas balançou as redes num clássico que ficará marcado pra sempre na memória do torcedor palmeirense. Em clássico contra o Corinthians, pelo Campeonato Paulista, ele subiu mais alto que todos na área e testou firme pra tirar o grito de gol da torcida do... Corinthians. Um gol contra bizarro, que gerou cobranças da torcida alviverde por cerca de dois meses, já que foi dos pés dele que saiu o gol espírita do primeiro título do Palmeiras na história da Copa do Brasil.

“Foi uma resposta, sim, ao gol contra que marquei naquele jogo. No Campeonato Paulista, não mantive uma regularidade. Tive altos e baixos e acabei saindo do time. Tenho certeza que com esse gol eu dei a volta por cima”, disse Oséas, em entrevista à Folha de S. Paulo.

No dia 30 de maio, o Palmeiras decidia a final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro depois de uma derrota por 1 a 0 em Minas Gerais. Logo aos 12 minutos, o atacante Paulo Nunes anulou a vantagem que Fábio Junior deu ao Cruzeiro no jogo de ida. E aos 47 minutos do segundo tempo, quando parecia improvável uma decisão no tempo normal, o "gol espírita" de Oséas aconteceu no Morumbi.

“Eu falei para os jogadores, quando começou a chover, que era para todos arriscarem de longe, já que o campo estava molhado e seria importante chutar de fora da área. Na hora, eu imaginei que, se a bola fosse no gol, Paulo César poderia soltá-la, já que ela estava escorregadia. O Zinho bateu bem a falta e eu corri para tentar o rebote. Dei sorte e bati com tudo”, relembrou Oseás. Há quem diga até hoje que se o replay for visto repetidas vezes, em algum momento a bola baterá no travessão e não entrará.

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