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Futebol Brasileiro

Lucas Lima fala sobre as necessidades do meia atual e a possibilidade de jogar em outras posições

Jogador relembra melhor momento no clube e fala da importância de ter sequência em uma posição para jogar bem

Lucas Lima é o meio-campista do Palmeiras que mais atuou como 10 na temporada de 2020
Lucas Lima é o meio-campista do Palmeiras que mais atuou como 10 na temporada de 2020 (Ag. Palmeiras/Cesar Greco)

Por Rodrigo Fragoso

Há quem diga que o Palmeiras precisa de um novo meia. Há quem diga que, se a posição é um problema, a solução já está no elenco. Nenhum meia atuou tantos minutos com a camisa do Palmeiras quanto Lucas Lima em 2020. Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, o camisa 20 do clube foi quem mais jogou na posição. À frente dele, Dudu e Zé Rafael podem fazer a função, mas atuaram muito mais como ponta e volante, respectivamente, do que propriamente na função do meia clássico. Nos últimos jogos, Luxemburgo tem trabalhado com quatro atacantes móveis, querendo movimentação e flutuação nas posições de centroavante, ponta e meia. Seria o novo esquema um problema para Lucas Lima?


A reportagem do Esporte Interativo bateu um papo exclusivo com o jogador para entender como ele enxerga o funcionamento das suas características dentro desse sistema ofensivo, além de entender quais, na visão de Lucas, são as atuais necessidades de um meio-campista no futebol brasileiro atual, já que o próprio torcedor palmeirense chegou a querer vê-lo como segundo volante depois da experiência realizada por Mano Menezes com o próprio camisa 20 no ano passado. Seria o título do Brasileirão de 2018, quando Lucas Lima foi aquele que mais entrou em campo no elenco, exemplo de como ele pode render seu melhor? Você confere essas e outras respostas abaixo, nesse papo exclusivo do meio-campista com o Esporte Interativo.


EI: Muitos classificam o Brasileirão de 2018 como seu melhor momento no Palmeiras. Você era um jogador de ligação da equipe, buscando a bola no campo de defesa muitas vezes e aparecendo por trás dos atacantes. É assim que você enxerga sua melhor utilização, em vez de ficar esperando jogo atrás dos volantes adversários?

LL: foi o meu melhor ano pelo Palmeiras, sim. Eu me senti à vontade atuando mais à frente, mas sempre treinei muito e me coloquei à disposição para atuar em qualquer função que o Palmeiras precisar de mim. A diferença de 2018, com certeza, foi a sequência numa posição em que eu estava acostumado e pude ajudar meus companheiros com as assistências. Se não me engano foram 52 passes para gol no ano.

EI: O torcedor do Palmeiras queria muito vê-lo como segundo volante no time. Quando Mano Menezes testou colocá-lo numa posição mais recuada, despertou esse desejo no torcedor de vê-lo como um volante de qualidade. Zé Rafael se tornou exemplo de que pode dar muito certo com Luxemburgo trocando de posição no meio. Você acha que seu futebol encaixa também nessa posição?

LL: Estando em campo, tudo vai ser sequência e adaptação. Claro que temos nossa posição de origem, mas o que qualifica a função do atleta em campo é o esquema que seja favorecido com essa alteração, e o meu futebol tendo tempo para o reajuste que o professor precisa. Eu sempre vou procurar estar em campo e honrar a camisa em qualquer posição que seja, e trabalho para isso, o mais importante é jogar.


EI: O que um meia precisa ter como características hoje para se destacar no futebol brasileiro?

LL: Hoje não só o meia, mas em quase todas as posições precisamos ser versáteis, temos que fazer outras funções, como eu mesmo fiz no ano passado. Fiz um gol no Brasileiro, mas fui o meia que mais roubou bolas. Esse conjunto de meia finalizador, bom passador, também precisa ter um bom desarme, um bom lançamento, porque o futebol é muito estudado jogo a jogo e as características serão exploradas de acordo com a necessidade.


EI: O técnico Vanderlei Luxemburgo tem trabalhado com Rony, Dudu, Willian e Luiz Adriano no ataque, dando liberdade para que eles troquem de posição o tempo todo. Dentro das suas características, você enxerga que pode se desenvolver também aparecendo na ponta do campo, dentro dessa flutuação, quando for utilizado dentro desse sistema?

LL: Como expliquei, temos que nos adaptar à posição que o professor precisa e não descarto atuar flutuando pelas pontas. Vamos trabalhar essa movimentação e fazer o que ele nos pedir.

EI: O calendário promete ser apertado quando retornar nesse ano. Em 2018, o Palmeiras foi campeão brasileiro e alcançou as semifinais de Copa do Brasil e Copa Libertadores da América revezando muito o seu elenco nas competições com Felipão para não cansar os jogadores. Você acha que aquela temporada pode servir de exemplo para o elenco desse ano?

LL: Sim, foi um ano desgastante, eu mesmo joguei 36 partidas do Brasileiro, sendo 34 delas como titular, e posso afirmar que foi meu melhor ano, porque apesar do desgaste, tivemos um bom revezamento e todo mundo pôde jogar bem. Eu tive uma sequência muito boa e pude corresponder como queria. Com o calendário apertado, temos totais condições de jogar em alto nível com nosso plantel.

EI: Muitos times estão voltando a treinar pelo Brasil, mas em SP ainda não foi possível retornar aos trabalhos presenciais (deve acontecer em breve). Como tirar essa "desvantagem" em termos de diferença de tempo trabalhado nos CTs entre os clubes da Série A?

LL: Com certeza sabemos que quem começou antes vai ter uma certa vantagem, mas nós temos um elenco muito forte, profissionais de alto nível, e além disso todos estamos buscando ao máximo manter a forma. Vai depender do dia a dia para voltar ao ritmo, mas temos condições de fazer isso o mais rápido possível para ajudar o Palmeiras.

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