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Futebol Brasileiro

Vasco nega interesse em levar Carioca para Brasília

Presidente Alexandre Campello afirma que voltar às atividades nesse momento é uma forma de se preocupar com a saúde dos jogadores

Campello nega interesse do clube em sair do Rio
Campello nega interesse do clube em sair do Rio (Paulo Fernandes / Vasco.com.br)

Por Aline Nastari

No início dessa semana, um arbitral na Federação de Futebol no Estado do Rio de Janeiro debateu alguns pontos sobre o retorno das atividades e do Campeonato Estadual e votou mudanças no regulamento, entre elas a transferência de mandos de campo no Carioca. Fluminense e Vasco foram as únicas equipes que se posicionaram contra o retorno precoce dos treinos. Nesta quarta-feira (17), o presidente do Vasco, Alexandre Campello, em entrevista ao “Fora de Jogo”, programa do Esporte Interativo, deixou claro que é contra a transferência da competição para Brasília, como foi especulado, mas explicou por que votou a favor da possibilidade de mudança de mando de campo, diferente do que previa o regulamento.

“Nunca discuti sobre jogar lá. Não acho que esse seja o caminho, fomos lá discutir o protocolo, assim como fomos à prefeitura. Até para ouvir sugestões. O que se falou foi sobre movimentar a tabela. Algumas cidades foram citadas como não liberadas para jogar, como Cabo Frio. Foi nesse sentido que entendi a mudança no arbitral. O Boavista é de Bacaxá mas já treinam aqui no Rio, se a cidade não for liberada pra jogar, eles podem jogar no Rio sem problemas” – explicou Campello.

Campello defendeu ainda que o Vasco não faz pressão para que os jogos voltem nesse momento e só considera o retorno dos treinos de forma imediata pois acredita, baseado em dados científicos, que o melhor que o clube pode fazer para o jogador, nesse momento, é ajudar com os treinamentos e fazer exames para diagnosticar se eles ou familiares estão contaminados. Além disso, a equipe acredita que um atleta de alto nível muito tempo parado teria um risco de lesão maior no retorno. Segundo o presidente, foi exatamente esse ponto que defendeu em reuniões com autoridades públicas. As atividades em São Januário estão previstas para retornarem nesta quinta-feira (28), quando já terão o resultado de todos os exames feitos em funcionários, atletas e familiares. O clube já recebeu parte dos resultados e 30% dos examinados testaram positivo.

“Temos como dar mais segurança e tranquilidade para nossos atletas, realizando as atividades no clube do que eles ficando em casa. O clube tem uma proposta de testar todos os atletas e familiares deles. Hoje temos como fornecer testes para saber como os funcionários estão, coisa que o estado não consegue oferecer para a população em geral. Treinar no clube dá mais confiança do que treinar confinado em casa. Mais de 60% das contaminações acontece com a pessoa confinada. Não podemos nos comparar com países europeus, nossa população não tem o mesmo perfil. Talvez tivéssemos que repensar essa forma de confinamento aqui. Em comunidades, você aumenta a densidade demográfica e em locais que não existe espaço para alocar tanta gente, eles acabam por andar pelas vielas e aumenta a chance de contágio”- argumentou o presidente do Vasco.

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O mandatário rebateu as críticas de que o clube não estaria levando a opinião dos órgãos de saúde em consideração nesse momento, discordou dessa posição e deixou claro que os argumentos da ciência são essenciais para que o Vasco aceite o retorno dos jogos.

“A gente leva muito em consideração a ciência. O que não estão levando em consideração são as opiniões contrárias (críticos). Existem preocupações com questões financeiras, mas também existe a preocupação com a saúde e o bem-estar dos funcionários e atletas. Sempre repito que só desejo voltar com o futebol quando as autoridades permitirem, assim como a maioria dos clubes. A gente sempre tomou a inciativa de debater essa volta, criar protocolos para o retorno, não estamos falando do retorno do futebol nesse momento”- comentou Campello.

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