Artilheiro no Paraguai, Francisco da Costa explica saída do Brasil por disputa muito grande, mas planeja retorno
Brasileiro passou por base de Grêmio, Internacional e Athletico Paranaense, mas saiu cedo do país
Por Gabriel Menezes
O "destino natural" de jovens jogadores brasileiros é fazer carreira no país ou, naquele que é considerado o melhor dos casos, buscar espaço em times europeus. Em poucos casos, o mercado sul-americano é visto como um possível destino. Mas não para Francisco da Costa, atacante que hoje brilha com a camisa do Sol de América, do Paraguai.
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Em entrevista à TNT Sports Brasil, da Costa aponta que resolveu sair do Brasil, depois de passar pelas categorias de base de times como Grêmio, Internacional e Athletico Paranaense, porque considerava a disputa dentro do país muito forte, preferindo buscar seu espaço em outros locais.
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"Eu me dei conta de que o Brasil tinha um mercado muito disputado. No Athletico Paranaense, me dei conta de que já estava num time que usava muito a base, coisa que não era tão normal na época, entre 2013 e 2015. E mesmo assim eu via muitos jogadores ficando de fora, sem espaço."
A gente tem que entender que o mercado brasileiro é muito disputado, temos poucas vagas na elite para muitos jogadores. E no México me dei conta de que o jogador brasileiro faz a diferença lá fora."
Depois de uma passagem pelo São José, o centroavante nascido em Taquari-RS se transferiu para o Inter Playa del Carmen em 2017, para jogar a terceira divisão mexicana. Em 2019, foi para o Atlante, disputando a 2ª divisão mexicana. No ano seguinte, fechou com o Querétaro, time que ficou marcado como um dos últimos de Ronaldinho Gaúcho. Foi em 2020 que Francisco da Costa chegou à elite do país latino-americano. E ele garante que valoriza a "escada" que teve de subir.
""Depois que você passa por essas etapas, você dá valor a quando chega lá em cima. Pode ser que isso seja um diferencial. Mas a ideia é sempre buscar o alto nível o mais cedo possível. Olhando por outro lado, eu também estaria mais pronto se tivesse jogado mais cedo na primeira divisão. Mas cada um tem seu processo, acho que a posição de centroavante demora um pouco mais para amadurecer. É uma carreira mais longa também. Eu respeitei meu processo e aprendi bastante com o meu e hoje estou feliz de estar onde estou."
Depois de passar por problemas de adaptação no México, o jogador afirma que conseguiu se sentir melhor no Paraguai, indicando que a vida no país fronteiriço se parece mais com a que ele tinha no Brasil.
Buscando uma vaga na próxima Copa Sul-Americana com o Sol de América, clube pelo qual assinou neste ano, Francisco da Costa tem brilhado: ele é artilheiro do Clausura - tradicional "segundo turno" dos campeonatos sul-americanos - paraguaio. E celebra o bom momento.
"Obviamente fico feliz aqui com meu momento. Faz um ano e meio que venho aprendendo a melhorar minha performance. Aprendi a viver cada treino, cada jogo, da melhor maneira, pensando em como posso melhorar meu rendimento. Depois que passei a fazer isso, senti que estava perto de colher os frutos. Vivo um momento muito bom e tenho que manter a cabeça, para seguir jogando em alto nível e ir melhorando meu nível. Tô feliz, mas sempre tenho espaço para melhorar."
Por fim, da Costa deixou claro que pretende voltar ao Brasil no futuro. Aos 26 anos de idade, o atacante ainda tem muito tempo de carreira pela frente e quer se firmar no país para estar mais próximo da família.
"Tenho sim o sonho de voltar para o Brasil. É minha casa, onde está minha família, então espero sim um dia voltar. E também é um sonho meu poder jogar o mais perto da minha família, compartilhando um pouco da minha carreira com eles. Agora eles estão longe, mas queria que eles estivessem mais próximos, compartilhando energia nos treinos e jogos. Então, nada melhor do que estar no Brasil e estar em casa."