Barcelona adia eleições e não há uma data para ter novo presidente
Por Marcelo Bechler
A piora da situação sanitária na Catalunha, devido às reuniões familiares nas festas de fim de ano, trouxe um problema a mais para que o Barcelona volte a ter um presidente. Nesta sexta-feira decidiu-se que o pleito não poderá ser realizado no dia 24 de janeiro.
Na última quarta-feira, o governo local ampliou as medidas restritivas pelo menos até o dia 24, o que inclui um confinamento municipal. Ou seja, as pessoas não estão autorizadas a sair da cidade em que se encontram, exceto por motivos excepcionais.
Nesta sexta-feira, representantes do departamento de saúde da Catalunha reuniram-se com a junta eleitoral do Barcelona. E posteriormente os membros da junta têm uma reunião marcada com os três candidatos restantes: Joan Laporta, Victor Font e Toni Freixa.
A determinação é que não se abra qualquer tipo de exceção para que o sócio possa sair de sua cidade e ir até algum ponto de votação, em uma localidade vizinha. Desta forma, a eleição não poderá ocorrer, sob o risco de ser impugnada caso algum sócio alegue que foi impedido de votar.
Apenas Joan Laporta, o favorito a vencer, era favorável que a disputa ocorresse no dia 24. Toni Freixa e Victor Font são favoráveis que todos os sócios possam votar, ainda que fosse preciso esse adiamento.
Não existe qualquer previsão de quando seria uma data adequada. A eleição para President de la Generalitat (o equivalente a eleição estadual da Catalunha) aconteceria no dia 14 de fevereiro e também será adiada. Informações do departamento de saúde dão conta que a situação ainda será crítica nesta data e o mais viável é que se vote na primavera (a partir do final de março).
Todo este imbróglio pode ter consequências graves para a equipe. Principalmente pela falta de comando e de alguém para conversar com Lionel Messi e apresentar a ele um projeto sólido para devolver a competitividade ao Barcelona a curto prazo.
Desde o dia 1º de janeiro, Messi já pode assinar um pré-contrato com qualquer clube, mas disse que não o faria antes do fim da temporada.
Outro inconveniente é que a Junta Gestora, que administra o clube interinamente, não pode fazer movimentos no mercado de transferências. Existe a possibilidade de contratar o zagueiro Eric Garcia, do Manchester City, mas isso precisaria da aprovação unânime dos três candidatos.
O tempo passa e quanto mais demora para o Barcelona ter um novo presidente, menos tempo sobra para um diálogo conciliador com o maior jogador da história do clube.