EXCLUSIVO: Lateral do Shakhtar, Dodô busca chance na Seleção e comenta interesse de Bayern e Tottenham

Dodô, lateral direito da equipe do Shakhtar Donetsk, é um dos muitos brasileiros que integram o elenco da equipe ucraniana. E um dos que mais vem tendo sucesso recentemente. Titular absoluto de sua posição, ele despertou interesse de grandes clubes europeus, como o Bayern de Munique e o Tottenham.

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Em entrevista exclusiva à TNT Sports Brasil, o jovem de 22 anos celebrou a boa fase e a demonstração de interesse das equipes, mas garantiu que não chegou ao ponto de negociar com nenhum deles.

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"Saber do interesse dos grandes clubes é motivo de muita alegria para mim. Eu vim do Coritiba, não tive um bom começo no Shakhtar, fui emprestado e depois voltei de empréstimo, me reafirmei e já tenho três anos jogando em alto nível, com bons números de jogos, gols e assistências."

Creio que o futebol que apresentei tem gerado grande interesse e fico muito feliz, mas esses assuntos deixo pro meu empresário resolver. Nada chegou até mim e minha cabeça está muito tranquila. Sou muito feliz aqui no Shakhtar. É o clube que me abriu as portas da Europa, que me permitiu jogar uma Champions League, então eu vou servir esse clube com muito amor, tanto nos treinos quanto nos jogos."

Falando em Champions League, o Shakhtar disputa uma vaga na fase de grupos da competição nesta terça (17). O clube ucraniano enfrentará o Monaco pelo jogo de ida dos playoffs, que já classifica as equipes para a fase de grupos. A confiança, segundo Dodô, está em alta. E não só para o jogo contra o Monaco.

"A gente está muito confiante pra essa partida contra o Monaco. Creio que passamos de uma fase, contra o Genk, que nos amadureceu mais ainda para esse jogo. O psicológico está muito forte, até porque temos um treinador que nos capacita muito. Creio que vai ser um grande jogo contra o Monaco."

Se não me engano, o grupo do ano passado foi o mais forte que o clube já pegou. E vencer o Real Madrid, empatar com a Inter de Milão, foi importante para nós, por nos amadurecer mais ainda nessas competições. Esse ano, vamos com tudo. Primeiramente, focando no Monaco, mas garantindo essa vaga, vamos com muita força para buscarmos o mata-mata nessa Champions League."

Jogador que passou pelas categorias de base da seleção brasileira e chegou a integrar as convocações da seleção olímpica - mas ficou de fora dos Jogos de Tóquio - Dodô também mira e sonha com uma chamada para compor o elenco da Seleção principal.

"Subi para o profissional muito cedo e isso me deu capacidade de chegar às seleções de base. Na pré-Olímpica não tive o desfecho que gostaria de ter, mas tenho trabalhado muito e buscado meu espaço a cada dia. Creio que tenho mostrado um belo futebol aqui na Europa, então a qualquer momento creio que o Tite pode olhar para o Shakhtar e convocar a mim ou qualquer outro jogador brasileiro, que estaria preparado para isso. O Tite já levou tanto o Fred quanto o Taison, enquanto jogavam aqui, para uma Copa do Mundo, então nossa ambição é sempre alta."

Dodô chegou ao Shakhtar em 2018 e, depois de seis meses, foi emprestado ao Vitória de Guimarães, de Portugal, onde passou uma temporada. Desde que retornou ao clube ucraniano, tem feito boas temporadas. Ao todo, ele acumula 77 jogos, cinco gols e 14 assistências.

Veja outras respostas do brasileiro:

TNT Sports Brasil: Dodô, você saiu cedo do Brasil, mas encontrou, no Shakhtar, um ambiente lotado de brasileiros. Como isso te ajudou a se adaptar? Tem influência na sua afirmação dentro do futebol europeu?

Dodô: "Aqui no Shakhtar, a adaptação é a melhor possível, por ter tantos brasileiros. Quando cheguei, tinha ainda Bernard, Fred, Taison. Ainda tem o Marlos, entre outros, como Ismaily, Alan Patrick, que foram essenciais na minha adaptação. Nos primeiros seis meses foi difícil, cheguei num tempo muito frio e tive que ser emprestado ao Vitória de Guimarães para me adaptar ao futebol europeu. Creio que a ajuda dos brasileiros foi fundamental, porque isso facilitou que eu ganhasse confiança e amadurecesse profissionalmente e como pessoa."

TNT Sports Brasil: "Ainda falando sobre a ligação do Shakhtar com o Brasil: dá pra dizer que se fala mais português do que ucraniano por aí? Afinal, são 13 brasileiros e, antes da chegada de Roberto De Zerbi, até a comissão técnica era portuguesa!"

Dodô: "Nas temporadas passadas, todas as comissões eram portuguesas. Então, para a gente [brasileiros], era mais cômodo ainda. Agora com a chegada do De Zerbi, a gente pensa em aprender o italiano, pra facilitar a comunicação, e o italiano se entende muito bem."

TNT Sports Brasil: "Sabendo do interesse de grandes clubes no seu futebol e que o futebol ucraniano pode servir como uma grande vitrine para as principais ligas da Europa, você pensa em fazer essa transição no futuro? É um sonho do Dodo atuar nas grandes ligas europeias?

Dodô: "Claro, o Shakhtar é uma potência no futebol mundial. Não só porque joga o campeonato ucraniano, mas a Champions League, a Europa League... Então creio que isso faça parte de uma ascensão maior. Eu sou muito feliz aqui no clube e, se um dia, se acontecer de sair, que seja bom para ambas as partes. Sempre vou ter carinho pelo clube, por ter me aberto as portas e por eu ser feliz aqui."