Imagem ilustrativa na TNT Sports

É agora que a história é escrita! Assista a TODOS os jogos do mata-mata da Champions League AO VIVO!

ASSINE JÁ
Melhor Futebol do Mundo

Fifa quer liberar atletas que atuem em Rússia ou Ucrânia, mas tema ainda gera debate

Fifa quer liberação definitiva e sem custos, mas Associação de Clubes quer compensação financeira para times ucranianos e se preocupa com o esvaziamento de elencos na Rússia

Claudinho e outros jogadores que atuam na Rússia e Ucrânia podem ser liberados de seus contratos sem custos
Claudinho e outros jogadores que atuam na Rússia e Ucrânia podem ser liberados de seus contratos sem custos (Mike Kireev/NurPhoto via Getty Images)

Por Rodrigo Fragoso

A Fifa segue debatendo os passos do futebol na Ucrânia e na Rússia. O repórter Rodrigo Fragoso, da TNT Sports apurou que a tendência é de que a entidade máxima do esporte no planeta tente aprovar o desligamento contratual sem custos de jogadores que atuam nos clubes pertencentes aos países em guerra, mas enfrenta resistência no debate.

O futuro dos atletas que pertencem aos clubes dos países em guerra está sendo discutido internamente e em consultas com a alta cúpula do futebol mundial, composto principalmente por um grupo nomeado “Football Stakeholders”, existente desde 2016, cujo objetivo é definir reformas no sistema de transferências mundial. Participam do debate no âmbito da Fifa a ECA (Associação Europeia de Clubes, na sigla em inglês), a WLF (World Leagues Forum ou Fórum Mundial das Ligas) e o FIFPro (Sindicato Internacional dos Jogadores).

ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE CLUBES GERA IMPASSE NA DECISÃO DO COMITÊ

A agenda de discussão envolvendo os clubes ucranianos gera dúvida por conta da situação do país, tendo em vista que os bastidores da Fifa têm a Ucrânia como vítima dentro do conflito. Ainda assim, dadas as condições nulas de futebol no país, a entidade mira como melhor solução a possibilidade dos jogadores rescindirem seus contratos para seguirem exercendo a profissão em qualquer outro lugar do planeta com registro excepcionalmente fora da janela de transferências, posição corroborada também pelo Fórum das Ligas e pelo FIFPro.

No entanto, a ECA contra-argumenta afirmando a necessidade de uma compensação financeira aos clubes ucranianos. Por enxergar os clubes do país também como vítimas da guerra, a entidade não concorda nem mesmo com a liberação do vínculo dos atletas. O debate caminha em duas frentes: a possibilidade da Fifa auxiliar no pagamento de multas rescisórias em conjunto com os clubes de destino dos atletas e/ou a perspectiva de facilitar empréstimos de jogadores para evitar o colapso total do futebol ucraniano.

 Stanislav Vedmid/DeFodi Images via Getty Images
Shakhtar é o time com maior número de brasileiros na Ucrânia | Stanislav Vedmid/DeFodi Images via Getty Images

A agenda de debate sobre o futuro dos atletas pertencentes a equipes russas segue panorama similar. FIFPro e Fórum das Ligas concordam que os atletas devem ser liberados gratuitamente, enquanto a Associação Europeia dos Clubes indica que embora a guerra esteja acontecendo, ela não paralisou a liga russa e, portanto, o esvaziamento dos elencos dos clubes geraria uma paralisação forçada e imediata de uma competição em andamento, além de prejudicar financeiramente equipes e, por consequência, a economia do país já abalada com inúmeras sanções.

É sempre bom lembrar que todas as entidades presentes no comitê suspenderam seus representantes russos, sendo assim não há qualquer participação do país na discussão do futuro do futebol no seu território e também no território ucraniano. Fato é que os bastidores apurados pela reportagem dão conta de que a expectativa é grande da liberação dos atletas pertencentes a equipes dos dois países em conflito nos próximos dias.

Mais Vistas