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Ídolo do Santos, Maurine fala sobre sua carreira fora do Brasil

A jogadora de 35 anos passou boa parte da sua carreira atuando no time da baixada santista

Maurine pela seleção brasileira
Maurine pela seleção brasileira - Martin Rose (2011 Getty Images, Getty Images Europe)

Por Tayna Fiori

Um dos grandes nomes do Santos e da seleção brasileira, Maurine vem mostrando seu futebol fora do Brasil há duas temporadas. A lateral-direita decidiu testar um novo desafio e também realizar um sonho: jogar fora do seu país.

Atualmente, a jogadora está atuando no FC Famalicão, time português que conseguiu o acesso para a primeira divisão na última temporada. Maurine chegou ao time como um dos grandes nomes e das grandes contratações.

“Eu gosto muito do clube e das pessoas. Fiz bastante amizades, futebol tem dessas. Aqui é um time muito jovem, sou a mais velha do time. Vejo as meninas me olhando, sinto que elas sentem como eu ficava quando era mais nova. É legal, é um reconhecimento”, disse.

Em busca desses novos desafios, a jogadora acabou nem pensando direito quando recebeu a proposta. Como ela mesmo contou, “Eu só fui”.

Com o clube, atualmente, Maurine disputa a Taça da Liga Feminina e o Campeonato Nacional Feminino. No time, a lateral acaba tendo muito contato com atletas mais novas, adquirindo assim uma nova visão dentro e fora de campo, sendo muita inspiração para muitas das atletas.

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Ela é a atual líder de assistências no Famalicão e fala do clube com muito carinho. Sendo um time novo no feminino no futebol português, Marine vê com bons olhos o investimento e crescimento do clube em um geral.

“Cresci muito aqui em Portugal, tem um presidente que ama a modalidade, gosta realmente. Ele faz de tudo para que as coisas sejam melhores”.

Maurine só tem agradecimentos para o clube, que está ensinando e somando para sua carreira. Além do campo, a atleta comentou sobre também as diferenças da vida em Portugal e contou que, algo colocado como complicado, é em relação ao frio.

“Aqui eles oferecem tudo, pagam nossas contas, utilizamos um campo somente nosso. O clube está sempre à disposição. Eles estão querendo muito que o futebol feminino cresça. O Famalicão está chegando como uma surpresa que ninguém esperava. A única coisa que pegou foi o frio aqui que é demais, é bem difícil”.

Aos seus 35 anos, Maurine já comenta sobre a pausa do futebol, uma das intenções é poder realizar o seu sonho de ser mãe. A lateral é casada com um jogador de futebol, o Wellington Silva, que atualmente está sem clube.

Esse ponto de futebol com maternidade ainda é um grande tabu dentro da modalidade, algo que muitos falam que prejudica e outros aprovam. Maurine conta que ainda não decidiu se irá se aposentar para ter um filho ou dará somente uma pausa. Mas, independentemente do que for, a lateral já deixou sua parte na história.

“Talvez, eu já encerraria minha carreira para ter filho, demorei bastante. Largar o futebol é bem difícil, mas é um sonho que tenho para minha vida. É alguém para contar tudo que eu vivi, passei. Eu sonho em ter um filho e uma filha, não falta muito para isso. Tenho muita vontade de ser mãe”, contou.

A trajetória no futebol

Começando no futebol com sete anos e chegando ao profissional aos 15, a lateral foi revelada pela base do Grêmio, Maurine sempre foi muito apoiada pelos familiares. Em principal, o senhor Assis Brasil Dorneles Gonçalves, pai da jogadora e maior incentivador do seu futebol. “Ele sempre me acompanhava, estava em todos os campos”. Ele, em um primeiro momento, foi quem levou Maurine para atuar no campo, começar a jogar bola.

“Desde pequena, no meu tempo na escola, eu sempre gostei de estar no meio dos meninos jogando futebol. Era muito difícil, na escola, ter meninas que gostavam de jogar. Eu estava sempre enfiada na educação física de alguém para poder jogar”, contou.

Em sua cidade, no Sul do Brasil, havia um campeonato de futebol feminino, o qual ela sempre queria participar. Foi onde realmente Maurine se destacou e fez com que o senhor Assis a levasse para fazer parte da base gremista.

A partir disso, a lateral já começou a fazer parte de equipes profissionais e também convocada pela Seleção, no primeiro momento para a Sub-19. Isso fez com que a jogadora atuasse com atletas mais experientes e crescesse dessa maneira, no quesito profissional e também pessoal. A partir disso, ela teve passagem por alguns times, sendo os de maior trajetória o Santos e o Flamengo/Marinha.

Dentro do alvinegro praiano, Maurine construiu uma grande parte da sua história, conquistando todos os títulos possíveis com o Santos. Foi bicampeã da Libertadores (2009 e 2010), bicampeã da Copa do Brasil (2008 e 2009), campeã Paulista (2018) e campeã Brasileira (2017) e também tendo momentos marcantes, como o gol no último minuto pela Libertadores.

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“Com o Santos, foi um jogo na Libertadores. Eu fiz um gol de falta faltando um minuto para acabar o jogo. Com ele, o Santos foi campeão da Liberta, eu sempre relembro dele”.

A jogadora acabou tornando-se ídolo do time da baixada, tanto que, na época de renovação, muitos torcedores levantam a #VoltaMaurine suplicando o retorno da atleta. A lateral contou para a TNT Sports sobre esse possível retorno ao futebol brasileiro.

“Eu pretendo voltar ao Brasil, já recebi proposta de vários times. Eu gostaria de encerrar no Santos ou no Grêmio. Porque eu comecei no Grêmio e o Santos foi o clube que eu conquistei tudo que podia”, comentou Maurine.

A seleção brasileira

Maurine vestiu a camisa da seleção brasileira por um bom tempo, tornando-se um dos grandes nomes da amarelinha. Com a Seleção, a lateral teve momentos importantes, ela fez parte de dois jogos Pan-Americanos (2011 e 2015), duas Copas do Mundo (2011 e 2015), dois Jogos Olímpicos (2008 e 2012) e uma Copa América (2014).

“A seleção é onde todo mundo quer estar. O clube é um preparo para a gente chegar bem, se você não faz um trabalho bom lá, talvez nem tenha chance na Seleção”.

Em todas essas participações, Maurine ajudou na conquista da Copa América (2014) e dos Jogos Pan-Americanos (2015). O ponto de ligação com a Seleção acabou mudando quando ocorreu a saída da técnica Emily Lima, com a opinião da falta de continuidade dos trabalhos.

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Também na amarelinha, Maurine acabou se despedindo do seu pai, a pessoa que mais apoiou ela no seu trabalho. Isso ocorreu anteriormente ao Jogos Pan-americanos de 2011, em que o Brasil ficou com a medalha de prata, após perder para o Canadá por 4 a 3.

“Eu tenho muitas lembranças boas, a Seleção foi algo sem explicação na minha vida. Tive momentos difíceis, quando perdi meu pai eu estava lá. Mas teve muitos momentos felizes, com certeza. Jogar com Cristiane, Marta e Formiga, para mim, é um orgulho imenso ter feito parte dessa história”, disse à TNT Sports.

Dentre as vivências da amarelinha, Maurine ressalta a amizade com a Formiga e fala que brinca com ela: “É de outro mundo”. A Formiga, aos 42 anos, ainda está na seleção brasileira atualmente e atuando o PSG.

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