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Zé Roberto Guimarães concorda com adiamento das Olimpíadas e projeta disputa em 2021: 'Acordo todos os dias pensando'

Técnico da seleção brasileira conversa com jogadoras à distância e pensa em plano A, B e C para o vôlei feminino

Zé Roberto Guimarães conversou com exclusividade com o Esporte Interativo
Zé Roberto Guimarães conversou com exclusividade com o Esporte Interativo - Elsa (Getty Images)

Por Monique Danello

A decisão do Comitê Olímpico Internacional de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio foi muito bem recebida por atletas e treinadores de todas as modalidades no Brasil. José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina de vôlei, também se posicionou a favor e destacou a importância de colocar a saúde dos atletas e profissionais em primeiro lugar neste momento.

“A decisão do COI foi a melhor possível. Diante da pandemia, o importante é pensar na saúde de todos. As pessoas precisam ficar em casa e seguir as recomendações das autoridades de saúde. O mundo está vivendo essa pandemia e não sabemos quando isso vai acabar. Cada um precisa fazer a sua parte”, analisou o treinador.

O vôlei feminino do Brasil já tinha a vaga garantida na Olimpíada, o que não se aplica a várias outras modalidades, que ainda dependem de seletivas e processos classificatórios. Durante a quarentena, Zé Roberto tem ficado em casa com a família, mas segue mantendo contato com as jogadoras. Também existe a preocupação com aquelas que jogam e vivem na Europa.

"Quanto as jogadoras, temos conversado com elas. Por exemplo, a Natália e a Gabi seguem na Turquia aguardando a definição da Champions League, que deve acontecer no início de abril. Recentemente, o José Elias Proença (preparador físico da seleção feminina) esteve lá na Turquia com elas e pode observar que estavam fisicamente bem”, contou o técnico.

Desde que chegou à seleção feminina de vôlei, em 2003, Zé Roberto Guimarães coleciona títulos e se tornou um dos treinadores mais vitoriosos do mundo. Além da medalha de ouro conquistada com o masculino, em Barcelona, foi campeão olímpico com as mulheres em Pequim e em Londres. O treinador já tinha tornado pública a sua decisão de se aposentar da seleção brasileira, depois da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O adeus ficará para 2021.

“O meu objetivo são os Jogos Olímpicos de Tóquio. Acordo todos os dias pensando e planejando o melhor cenário para a seleção feminina”, revelou o treinador.

Confira a entrevista na íntegra:

Como você recebeu a notícia do adiamento da Olimpíada? Foi a melhor decisão no momento?

“A decisão do COI foi a melhor possível. Diante da pandemia, o importante é pensar na saúde de todos. As pessoas precisam ficar em casa e seguir as recomendações das autoridades de saúde. O mundo está vivendo essa pandemia e não sabemos quando isso vai acabar. Cada um precisa fazer a sua parte”.

Na sua visão, seria uma Olimpíada com queda de performance e menos recordes batidos? Você acredita que isso ainda possa acontecer em 2021, por todo esse cenário?

“Acredito que se acontecesse em 2020, sim. Alguns esportes ainda têm as suas seletivas programadas e os atletas não estão podendo treinar, por isso a decisão do COI pelo adiamento foi muito correta. Não seria justo principalmente com esses esportes. Para 2021, temos que aguardar como vai ser o cenário e como o mundo vai conter essa pandemia”.

Como tem sido a sua rotina nesse período de quarentena? Você também vem manteando contato com as jogadoras?

“Tenho ficado em casa com a minha família. Quanto as jogadoras, temos conversado com elas. Por exemplo, a Natália e a Gabi seguem na Turquia aguardando a definição da Champions League, que deve acontecer no início de abril. Recentemente, o José Elias Proença (preparador físico da seleção feminina) esteve lá na Turquia com elas e pode observar que estavam fisicamente bem”.

Como foi a decisão de encerrar a Superliga feminina neste momento? Decisão dura, mas necessária?

“Sim. Acredito que foi a melhor decisão. Infelizmente aconteceu no melhor momento da competição, os playoffs, mas temos que pensar na saúde de todos”.

Como ficará o planejamento da seleção feminina de vôlei, olhando para esse cenário de uma possível nova data em julho ou agosto de 2021?

“É preciso ter um plano A, plano B e plano C. Temos que ver quando a vida retornará ao seu normal. Com o adiamento dos Jogos Olímpicos, tem a possibilidade de acontecer a Liga das Nações no segundo semestre. Quando as entidades derem um start precisamos estar prontos. As atletas precisam se manter em forma em casa fazendo atividades físicas”,

Você tinha planos de se aposentar depois da Olimpíada de Tóquio, vai estender o trabalho por mais um ano?

“O meu objetivo são os Jogos Olímpicos de Tóquio. Acordo todos os dias pensando e planejando o melhor cenário para a seleção feminina”.

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